domingo, 7 de março de 2010

Ampliada Diocesana da PJ


Entre os dias 29 e 31 de Janeiro de 2010 estiveram reunidos/as, no Instituto Espírito Santo – Jataí, jovens e assessores/as da PJ das Paróquias de Jataí, Rio Verde, Mineiros, Santa Helena e Chapadão do Céu para participarem da Ampliada dos Grupos de Jovens da Pastoral da Juventude da Diocese de Jataí. A Ampliada foi assessorada pela Edina Lima Cardoso (Ex-militante da PJ na Diocese de Jataí, atualmente integrante da equipe de assessores/as da CAJU – Casa da Juventude Pe. Burnier) e contou com a participação de mais de 25 jovens e assessores/as.

Pe. Vicente (Assessor Diocesano do Setor Juventude) e Pe. Mauro, MSF estiveram presentes conosco durante toda a Ampliada.

A Ampliada se inicia com um momento de acolhida e entrosamento. Em seguida retomamos e fizemos o caminho dos discípulos de Emaús. Encerramos o primeiro dia de nossa Ampliada com um momento orante, embalados pelo refrão: “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” e onde rezamos pelos/as jovens do Haiti.

O sábado se inicia com um momento orante no qual, lembrando Maria, Mãe de Jesus, lembramos das Marias de nossas vidas que nos ajudam em nosso caminho.

Em seguida os trabalhos se iniciaram com um momento de estudo sobre Juventude: quantidade, paradigmas, compreensão e situação dela.

Em seguida fizemos uma retomada sobre a Pastoral da Juventude: metodologia, opção pedagógicas, caminhada histórica, missão e espiritualidade. A parte da manhã de sábado se encerra com um outro momento orante onde rezamos pelos/as jovens de nossa Diocese e Grupos de Jovens.

Na parte da tarde nos dividimos em três grupos de trabalho. Cada grupo de trabalho pensaria caminhos para três grandes atividades que acontecerão nesse ano em nossa Diocese: RPD – Reunião Pastoral Diocesana (que acontecerá entre os dias 12 e 14 de março de 2010) e que tem como tema central: AEvangelização da Juventude; DNJ – Dia Nacional da Juventude (que acontecerá no dia 24/10/2010 em Mineiros-GO) e Vistas às Paróquias e Grupos de Jovens de nossa Diocese. O Grupo que pensou as visitas às paróquias também pensou a organização da PJ na Diocese.

Após os trabalhos em grupos tivemos uma plenária com a exposição e debate das propostas trazidas pelos Grupos.

O dia de sábado se encerra com a Celebração da Vigília do Oficio Divino da Juventude e com uma confraternizaçã o.

No domingo - Dia do Senhor – nos reunimos por distrito para avaliar a Ampliada, pensar a caminhada da PJ nos distritos, pensar o papel da coordenação diocesana da PJ e indicar os nomes dos/as jovens que comporão a Coordenação Diocesana da PJ: Estefani, Murilo, Rosana, Gedeone, Lucinéia e Luis Duarte. Após o debate nos grupo apresentamos na plenária as discussões, marcamos as datas de reuniões da Coordenação e Assessoria Diocesana da PJ, trabalhamos sobre o Projeto de Revitalização da PJ na América Latina e sobre a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, marcamos a data de uma formação diocesana da PJ, prevista para acontecer em Jataí entre os dias 26 e 26 de Novembro de 2010 e marcamos a data da nova Ampliada Diocesana da PJ prevista para acontecer entre os dias 28 e 30 de janeiro de 2011.

Encerramos o domingo e a nossa Ampliada Diocesana da PJ com uma Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Vicente e co-presidida pelo Pe. Mauro, onde fomos enviados/as à nossas paróquias e grupos de jovens, para lá continuarmos nossa Missão.

-- Luis Duarte Vieira Pastoral da Juventude - GO "Chega de Violência e Extermínio de Jovens!" "Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens!" "Juventude em Marcha Contra a Violência"

Por Sergio Mariani e Mayrá Lima na CáritasCom o tema Economia e Vida, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano tem como um dos objetivos chamar atenção para a Economia Solidária como forma de desenvolvimento das comunidades e combate à pobreza. Para embasar a sociedade sobre o tema, a Campanha disponibilizou a cartilha “Economia Solidária: Outra Economia a Serviço da Vida”, material que será distribuído por todo o Brasil.

A cartilha surgiu do diálogo entre Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), Cáritas Brasileira, Instituto Marista de Solidariedade e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). O objetivo é trazer a Economia como algo que faz parte do nosso dia a dia como gestão da vida. Dessa forma, a Economia Solidária pode trazer soluções e apontar caminhos para que essa economia seja vitsa sob uma perspectiva humana e de cuidado com as relações sociais e o meio ambiente. “Esperamos que a publicação aproxime nosso diálogo com outros movimentos sociais e diversos atores e pessoas da sociedade”, diz a apresentação da cartilha.

Baixe a Cartilha clicando AQUI.

Campanha contra a Violência e o extermínio de Jovens.

Vejam o vídeo-explicativo da Campanha contra a violência e extermínio
de jovens, produzido durante o Fórum Social Mundial deste ano, na
página brasileira do Projeto de Revitalização da Pastoral da Juventude
Latino Americana:

www.pjlatino.redejuventude.org.br/campanha

Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens é pauta no Fórum Social Mundial.

As Pastorais da Juventude realizaram em Porto Alegre, no dia de ontem (28 de janeiro), numa parceria com a Trilha Cidadã e outras organizações uma oficina com debates, rodas de conversa e apresentações artísticas para dizer “Chega de violência e extermínio de jovens”.

Centenas de pessoas lotaram o armazém seis do cais do porto para discutir as alternativas de combate a violência e extermínio de jovens. Dentre os participantes muitos eram jovens das cidades da grande Porto Alegre, participantes de projetos sociais, programas governamentais e das Pastorais da Juventude.

O evento iniciou com um show de Hip Hop dos adolescentes e jovens do projeto CECAM da cidade de São Leopoldo. O grupo empolgou o público com as danças e músicas que denunciavam a violência e anunciavam a vida.

Os depoimentos dos trabalhos realizados por cada campanha e movimento foi ponto alto, relatando e apresentando o trabalho desenvolvido, com suas dificuldades, lutas, sonhos e conquistas. Uma oficina de grafite e apresentação de artes circenses também enriquecerem o dia com muita cor, alegria e arte.

Ao final foram distribuídos os materiais da Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens. Era bonito de ver muitas pessoas participantes do Fórum Social Mundial com o adesivo da Campanha colado na camisa, demonstrando a sintonia e vontade de lutar pela vida da juventude, denunciando toda forma de violência e extermínio de jovens.

Destaca-se a importância de ter um tema como esse, da violência e extermínio de jovens pautado no Fórum Social Mundial e com o envolvimento de muitas pessoas e organizações de todas regiões do país e da América Latina.

Apoiaram a atividade as seguintes organizações: Prefeitura de São Leopoldo, Maristas, Secretaria Especial de Direitos Humanos (Governo Federal), ANCED - Associação nacional dos centros de defesa da criança e do adolescente, PROAME – Centro de defesa Bertholdo Weber e MTD – Movimento dos trabalhadores desempregados.

Para saber mais sobre a Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens acesse o site:www.juventudeemmarc ha.org

Fonte: Joaquim Alberto e Raquel Pulita.

http://www.ccj.org.br/site/noticias.php?op=VerNot&idNot=588


Campanha contra a Violência e o extermínio de Jovens.


No link esta disponível mais um facilitador para nossos trabalhos a favor da vida dos Jovens!
Subsídio: Como Organizar a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens?


Vamos juntos/as ajudar a divulgar ao máximo a Campanha e o Subsídio.

Chega de Violência e Extermínio de Jovens

O Tenente-coronel e a Universitária.

Quando o PM do Distrito Federal jogou ao chão a universitária Ingrid Cartaxo, como se fosse uma boneca de pano, e fechou a grade gritando “O que que é? O que que é?”, pensei: “Esta é a imagem de um governo desmoralizado, truculento e autoritário”.

Desmoralizado pela corrupção e por manobras para garantir a impunidade. Truculento pela covardia contra jovens. Autoritário por não suportar contestação.

Identificado como tenente-coronel Cláudio Armond, comandante do 3o Batalhão, o policial militar perdeu o controle e empurrou fortemente a estudante de ciências sociais da Universidade de Brasília, que registrou queixa na Comissão de Direitos Humanos da Câmara contra a agressão. Havia suspeita de fratura no braço de Ingrid.

O mais preocupante é que essa cena começa a fazer parte da paisagem de Brasília.

A agressão ocorreu na quinta-feira. Estudantes depositaram 30 sacos de esterco na frente da Câmara Legislativa, em protesto contra as manobras para acabar com a CPI da corrupção.

A inabilidade da PM – um eufemismo – vem se repetindo desde o início de dezembro, com contornos mais e menos violentos. E ninguém faz nada. Porque encara tudo como normal.

É inacreditável e vergonhoso que um país democrático não saiba lidar com manifestações políticas. Especialmente um país que enfrentou uma ditadura militar.

Qualquer cidadão brasileiro que conheça Paris sabe que as manifs (apelido carinhoso de manifestations) bloqueiam avenidas da capital francesa quase todo fim de semana e são protegidas, não atacadas, pelas forças da ordem. O trânsito é desviado pela polícia. E o direito de expressão é garantido. A passeata transcorre sem problemas.

Dá arrepio pensar quantos jovens seriam feridos ou morreriam nas mãos da PM de Arruda se promovessem quebra-quebras como os protagonizados por universitários em Paris nos últimos anos.

A PM armada precisa aprender a agir com serenidade e só usar a força quando não há outra alternativa. Senão, é abuso de poder.

No dia 9 de dezembro de 2009, em Brasília, cavalos, gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes foram arremessados contra estudantes.

A tropa de choque convocada pelo governador José Roberto Arruda para reprimir o protesto contra o mensalão do DEM agiu com brutalidade extrema. Um coronel chegou ao corpo a corpo com um manifestante.

Qual é a opinião do coronel Alberto, chefe de Comunicações da PM de Arruda? “Os manifestantes perturbaram terceiros, afrontaram a população de Brasília, porque não atenderam a nossos apelos para desbloquear a via e dar fluidez ao trânsito.”

Sobre o confronto pessoal, Alberto disse em linguagem de código: “O coronel acabou entrando em vias de fato devido às circunstâncias” . Afirmou que “a PM de Brasília treina exaustivamente para evitar conflito” e que “vem demonstrando capacidade muito grande de negociação”.

Essa declaração soa como achincalhe. Quase como as risadas do “governador panetone” no fim do ano.


Quem afronta a população não são os universitários, coronel. O que afronta são as propinas distribuídas em cuecas, meias, barrigas, bolsos e malas.

O que perturba é a dissolução da CPI depois de a Justiça destituir da comissão os aliados corruptos de Arruda. O que ofende são as tentativas acrobáticas de sobrevida do governador do DF e dos deputados aliados.

Não há aqui nenhum desejo de incitar à desordem pública. Mas a desordem é inevitável e perigosa quando não se respeita o direito legítimo à manifestação.

Esses 30 estudantes (só me assombra o número não ser maior) faziam um protesto pacífico, acompanhados de um advogado. Diogo Ramalho, universitário, disse: “Este é um protesto simbólico. O esterco simboliza a sujeira aí na Câmara”.

Virou pancadaria. A PM disse que tinha informações de que os estudantes “iriam jogar estrume nos deputados”. Os jovens tentaram entrar na Câmara. E a PM os atacou, sem se sensibilizar com as palavras de ordem dos estudantes: “Policial pai de família, não defenda essa quadrilha”.

Alguém pode culpar jovens por depositar esterco ali em ato de ironia e deboche?

Ruth de Aquino é diretora da sucursal da ÉPOCA no Rio

Estado de São Paulo pratica pena de morte ilegal.

Estudo detalha violência extrema da polícia paulista. Organizadores do dossiê alertam que conclusões, porém, podem se estender para outras localidades brasileiras.

Dossiê elaborado por diversas entidades ligadas ao combate à violência no país revela que a polícia do estado de São Paulo pratica a pena de morte, ainda que esse tipo de condenação seja ilegal no Brasil. Embora o estudo tenha se concentrado na análise do comportamento da polícia paulista, os organizadores do dossiê alertam que as conclusões da pesquisa não representam uma realidade apenas de São Paulo. Como explica a historiadora Angela Mendes de Almeida, do Observatório das Violências Policiais de São Paulo, boa parte das constatações apresentadas no mapa de extermínio de São Paulo pode ser estendida para outros estados brasileiros.

O estudo, denominado Mapas do Extermínio: execuções extrajudiciais e mortes pela omissão do estado de São Paulo, revela que a polícia paulista tem usado a força letal de forma arbitrária e que o grau de extermínio de civis no estado é superior aos níveis mundiais aceitáveis.

As organizações trazem dados oficiais e extra-oficiais sobre o extermínio de civis feito por policiais em chacinas, em execuções sumárias aplicadas por agentes em serviço e fora de serviço e em mortes misteriosas de pessoas que se encontram sob custódia do Estado. As vítimas dessa “pena de morte extrajudicial” são, em sua maioria, jovens entre 15 a 24 anos de idade, moradores das periferias de grandes cidades, afrodescendentes e pobres.

“Mesmo que não tenhamos legalmente a pena de morte no Brasil, os dados apresentados no dossiê demonstram que está instituída uma pena de morte extrajudicial. A chance de um civil ser morto por policiais em São Paulo é muito superior do que em Nova York, por exemplo. No Brasil, existe uma política de enfrentamento de uso da força, que não tenta apenas imobilizar o suspeito, e sim matar”, conclui uma das responsáveis pelo documento, Gorete Marques, da ACAT-Brasil (Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura).


Cenário

A situação verificada em São Paulo repete-se em outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo. Angela relembra o episódio do helicóptero da Polícia Militar carioca derrubado por traficantes durante operação no Morro do Macaco em outubro deste ano. Na ocasião, dois atiradores de elite da PM foram mortos, após os tiros vindos do morro atingirem a hélice do helicóptero.

“A polícia do Rio passa de helicóptero no morro e atira para matar. Quando os tiros vêm de baixo para cima, é um escândalo. As nossas autoridades federais e estaduais chamam todas as pessoas que são mortas de bandidos. Mas a maior parte dos que morrem não é traficante, é simplesmente favelado. E, se for traficante, também não dever ser morto sumariamente, pois não existe pena de morte no Brasil”, alerta Angela.

O dossiê analisa dados de 2000 até o primeiro semestre de 2009, o que corresponde ao período de três gestões de governadores do estado de São Paulo. São apresentados dados de parte da gestão do ex-governador Mario Covas (PSDB) (1999-2001), todo o mandato do também governador tucano Geraldo Alckmin (de 2001 a 2006) e a atual gestão do governador tucano José Serra (a partir de janeiro de 2007).

Extermínio

No Brasil, a Constituição Federal proíbe a pena de morte (inciso XLVII, art. 5). Entre outros dados, o dossiê analisa a relação entre o número de civis mortos e civis feridos em ação policial e a quantidade de civis e policiais mortos. O documento faz um comparativo entre informações envolvendo ações policiais nas cidades de São Paulo e Nova York (Estados Unidos).

De acordo com informações da Uniform Crime Reports e NY Law Enforcement Agency, em 2002, 12 civis e dois agentes de polícia foram mortos em ações policiais em Nova York. Naquele mesmo ano, segundo dados da Secretaria de Segurança do estado de São Paulo, 610 civis e 59 policiais foram mortos em ações da polícia na capital paulista.

“A polícia no Brasil mata muito mais do que as de outros países. O Estado brasileiro utiliza um sistema de extermínio. As polícias são ensinadas a matar e tomam gosto por matar. Mas não é para matar qualquer um, é para matar na periferia”, afirma Angela. “O Estado brasileiro deveria assumir que ele mata, manda matar e deixa matar. E o Judiciário sanciona isso, arquivando os processos que começam a andar”, acusa.

O documento também revela a relação entre pessoas mortas e feridas em ações policiais. Enquanto em Nova York, 12 civis foram mortos e 25 foram feridos em 2002, em São Paulo no mesmo ano morreram 610 civis e 420 ficaram feridos. De acordo com o estudo, essa proporção sugere que o comando da segurança pública tem incentivado uma postura mais agressiva da polícia na abordagem de civis.

“Há uma pena de morte não oficial instaurada. A maior parte desses crimes são crimes misteriosos e que envolvem morte de jovens. A juventude está sendo ameaçada. 63% das pessoas que estão na prisão têm de 18 a 28 anos. O que falta efetivamente aos governantes estaduais é fazer políticas para a juventude”, avalia o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, deputado Luiz Couto (PT-PB).

Dossi:

http://www.4shared.com/account/file/236295071/580c2f56/DOSSIE_penademorteSP.html

A Juventude quer viver!

JOVEM LEVANTA-TE!!!

Os dados de 267 cidades brasileiras colhidos pelo Ministério da Saúde anunciam a morte de 33.504 jovens na idade de 12 a 19 anos, para o período de 2006 a 2012.


Ao mesmo tempo que recebia esta informação, veio-me à mente a imagem do funeral de um jovem da cidade de Naim, narrado no evangelho segundo Lucas (Lc 7,11-17). A mãe que já tinha perdido o esposo, agora acompanhava em prantos o féretro do filho. A cena é comovente, e Jesus “encheu-se de compaixão por ela”, e a consolou: “Não chores!” Faz parar o cortejo e ordena ao jovem: “Jovem, eu te digo, levanta-te”. Aquele jovem que estava morto sentou-se e começou a falar. Jesus então o entregou à sua mãe.


Muitos jovens da estatística do Ministério da Saúde já perderam a vida nos anos de 2006 a 2009. O que podemos fazer para devolver aos seus pais os jovens condenados à morte nos próximos anos? O gesto de Jesus certamente nos leva a ir ao encontro da dor humana com toda a compaixão.


Para parar este cortejo de morte, a Campanha da Fraternidade deste ano nos impulsionou a várias iniciativas de combate à violência e construção da paz. Agora podemos dar novos passos, promovendo neste mês de outubro o Dia Nacional da Juventude (DNJ – 25 de outubro), a semana do desarmamento e a semana mundial da paz (de 24 a 31 de outubro) e a Campanha Missionária. A mensagem do papa para o Dia Mundial das Missões (18 de outubro) acende a luz de nossa ação: “Pedimos somente para nos colocarmos a serviço da humanidade, sobretudo da mais sofredora e marginalizada, porque acreditamos que o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo é, sem dúvida alguma, um serviço prestado não só à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade”.


Estes são eventos de mobilização, pois evidentemente não se muda a realidade com simples eventos. Eles apontam para as causas da violência, entre as quais estão a desestruturação da família, o desemprego juvenil, a exclusão social, a evasão escolar, a falta de formação profissional, o envolvimento com drogas e com a criminalidade. A essas causas mais estruturais se associam outras de tipo cultural, espiritual e de ausência de sentido e de projeto de vida, o que explica a prática da violência também por parte de jovens da classe média e alta.


Além de apontar para as causas, estes eventos querem apontar sobretudo para as soluções. E se os próprios jovens são sujeitos e vítimas da violência, são também protagonistas na “luta pela vida, contra o extermínio da juventude”. Dom Luciano Mendes de Almeida dizia: “enquanto não mudarmos nosso olhar para o jovem, vendo-o como problema, não vamos conseguir avançar e perceber que ele não é o problema, mas a solução”. O envolvimento dos jovens neste processo, e a educação de forma geral, são chaves fundamentais na mudança da situação.


A narrativa de Lucas evoca também a memória do profeta Elias que cura o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17,17-43) como um sinal dos tempos messiânicos. Era uma antecipação do gesto de Jesus Cristo devolvendo a vida àquele jovem conhecido apenas como o filho da viúva de Naim. Cristo espera também nosso gesto profético continuando sua missão, para dizermos aos pais de nossos jovens de hoje o mesmo que Elias à viúva de Sarepta: “Aqui está o teu filho vivo”.




Dom Tarcísio Scaramussa - Bispo Auxiliar de São Paulo e Vigário Episcopal

Temas e lemas das Atividades Permanentes de 2010

As Atividades Permanentes são parte da ação evangelizadora do conjunto das PJ´s. Possuem caráter ecumênico e missionário e pretendem ser parte de processos de mobilização e nucleação de grupos juvenis nos diversos espaços eclesiais, escolares e populares. As Atividades Permanentes dialogam sempre com o tema da Campanha da Fraternidade, privilegiando a ligação orgânica da ação das Pastorais da Juventude com o caminho das reflexões da Igreja no Brasil e aprofundando o tema a partir da perspectiva juvenil.

Em 2010, as Pastorais da Juventude propõe que as Atividades Permanentes desdobrem o desafiante tema da CF, Economia e Vida; dialoguem com a Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de Jovens e também com o jubileu de 25 anos da celebração do Dia Nacional da Juventude.

Abaixo, confira os temas das Atividades Permanentes 2010 e suas datas. Agende e prepare-se com seu grupo para fazê-las acontecer.


Semana da Cidadania

Eixo temático: Trabalho

Tema: Trabalho para a vida e não para a morte

Lema: Juventude: suando e sonhando, em marcha contra a violência

Referencial teológico: “Venham trabalhar na minha vinha, dilatar meu Reino entre as nações” (Mateus, 20)

A Semana da Cidadania propõe o tema do trabalho, tão presente no mundo juvenil. A partir do tema da CF, a SdC inspira os grupos a refletirem o trabalho como modo de construção de sua identidade e produção de sentidos para a vida. Ao mesmo tempo problematizar a mercantilização da pessoa e de sua força criadora no sistema econômico vigente, provocando-nos a pensar em novas formas solidárias de trabalho.


Semana do Estudante

Eixo temático: Cultura

Tema: Cultura: nossa terra, nossa história e nossos sonhos

Lema: Juventude, muitas caras, muitas cores em marcha contra a violência

Referencial Teológico: “Na comunidade, partilhavam tudo entre si” (Atos dos Apóstolos, 2)

A Semana do Estudante traz um tema também muito próximo da realidade juvenil. Aprofundar o tema da cultura vai possibilitar aos grupos juvenis refletir o espaço comunitário, a beleza e o respeito à diversidade, o valor das culturas locais e do diferente. Enfim, a resistência e a memória, nossa terra, nossa história, nossos sonhos. A SdE continua dialogando com a CF e com a Campanha contra o Extermínio de jovens, por uma cultura da vida.


Dia Nacional da Juventude

Eixo temático: Jubileu 25 anos

Tema: Celebrando a memória e transformando a história

Lema: Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência

Referencial Teológico: “Abra a mão em favor do seu irmão, do seu pobre, na terra onde você está” (Deuteronômio 15)

O Dia Nacional da Juventude 2010 será tempo de dar graças pelos 25 anos, fazendo memória do tempo passado e projetando passos e sonhos para o futuro! Jubileu é tempo de revisar as dívidas, de dar a liberdade! O DNJ nos convida a refletir quais dívidas sociais o Brasil tem com a juventude? Vamos saná-las para um tempo de liberdade e vida?Jubileu também é tempo de organizar a “casa”. O que está acontecendo com a nossa “casa” (sociedade)? Que “casa” nós queremos para os próximos 25 anos? Muitas proposições que vamos poder aprofundar no DNJ.

As três Atividades Permanentes compõem um processo. Os temas propostos querem ajudar os grupos jovens a viver esse caminho refletindo as dívidas sociais com a juventude, o chão que pisamos, suas marcas e cores para celebrar, sonhar e participar da construção de um tempo de justiça, tempo de Reino. As Atividades deste ano querem também fortalecer a Campanha contra a violência e o extermínio de jovens, convidando a juventude para ir em marcha por outro mundo possível.